Um casal foi preso e multado em R$ 2,5 milhões nesta segunda-feira (20), após ser flagrado pela Polícia Civil transportando 229 filhotes de animais silvestres dentro de caixas. A abordagem ocorreu BR-487, em Naviraí, no Posto Fiscal Foz do Amambai, na “Operação Fronteira e Divisas Integradas”.

Os policiais deram voz de prisão aos infratores, apreenderam o veículo Fiat/Uno, as aves e acionaram a equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental), que estava em bloqueio na região, na “Operação Bocaiúva” de combate ao tráfico dessas aves, para proceder a autuação administrativa (multa ambiental). Os traficantes de animais foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Naviraí e responderão por crime ambiental, com pena prevista de seis meses a um ano de detenção. Foram apreendidos 224 filhotes de papagaios, três filhotes de arara e dois filhotes de maritaca e o veículo.

O casal, uma mulher, de 24 anos, e o homem, de 41 anos, residentes Ponta Grossa (PR), afirmaram que pegaram os animais em um posto de combustível na cidade de Naviraí, na saída para a cidade de Ivinhema e que haviam pago R$ 600 por cada arara, R$ 120 por cada papagaio e R$ 40 por cada maritaca e que os animais seriam comercializados no Estado do Paraná.

Aplicação de multa ambiental

Os policiais da PMA autuaram os traficantes administrativamente e arbitraram multa de R$ 1.145.000,00 pelo tráfico e mais R$ 114.500,00 por maus tratos, devido as condições de transporte das aves, contra cada um dos infratores, perfazendo um total de R$ 2.519,000,00.

A multa por animal pelo tráfico é de R$ 5 mil porque os psitacídeos constam da lista da CITES (Convenção Internacional do Comércio da Fauna e da Flora em Perigo de Extinção), da qual o Brasil é signatário. A multa mínima por maus tratos é de R$ 500, conforme foi aplicada contra cada autuado.

A PMA encaminhou as aves à fazenda Green Farm CO2 Free, localizada no município de Itaquiraí, a qual possui estrutura adequada para recebimento de animais silvestres. Os animais já receberam atendimento veterinário e estão em ambiente apropriado e ficam à disposição dos técnicos do Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), de Campo Grande. O CRAS decidirá sobre remoção à Capital ou reabilitação na própria fazenda até à soltura.